Rejeitos de Mariana causam prejuízo de R$ 1,2 bi
Os rejeitos de minério de ferro da barragem da Samarco que se rompeu em Mariana causaram prejuízo avaliado em R$ 1,2 bilhão ao Estado de Minas Gerais e aos 35 municípios banhados pelo Rio Doce.
O valor foi divulgado em relatório nesta quinta-feira (4) pela força-tarefa montada pelo governo de Minas para apurar prejuízos causados pelo rompimento da barragem. Agora, o prejuízo será cobrado da Samarco, que pertence à Vale e à BHP Billiton. E, vale lembrar, na conta ainda não estão incluídos os danos ambientais e recursos que serão utilizados para o pagamento de indenização a famílias.
Segundo o levantamento, 320 mil pessoas foram atingidas pela tragédia. Pelo menos 17 mortes foram confirmadas. Duas pessoas continuam desaparecidas.
O levantamento do governo do Estado analisou dados coletados entre as cidades de Mariana e Aimorés, na divisa com o Espírito Santo, onde o Rio Doce deságua.
“É um valor inicial. Sempre teremos recortes semanais e mensais em que aparecerão novos gastos. O ponto final está longe de ser alcançado”, apontou o secretário estadual de Desenvolvimento Regional Política Urbana e Gestão Metropolitana, Tadeu Martins Leite.
Conforme o relatório, a cadeia produtiva da região ficou com prejuízos ao setor privado de R$ 540.466.816,00, segundo informações repassadas pelos municípios. Já os prejuízos públicos totalizaram R$ 146.066.455,33, especialmente com a prestação de serviços como abastecimento de água, que ficou prejudicado com a lama no Rio Doce. Em relação à infraestrutura pública, a lama da Samarco causou despesas de R$ 513.755.631,00, com a destruição de estradas, postos de saúde, escolas, e comunidades.
Em nota, a Samarco disse que vem dialogando com o Governo de Minas um acordo envolvendo União, Estado do Espírito Santo, dentre outros atores. A companhia, porém, afirma que desconhece o valor apontado no relatório.